Hoje foi um dia atípico...
Uma nostalgia envolvente, marcante, um dia em que a sensibilidade esteve
profundamente aflorada!
Saudosa de momentos
especiais, relembrei situações maravilhosas
que vivi com família, amigos, amores... e, não sendo nenhuma novidade,
fiquei convicta de que a vida é feita, sim, de bons momentos.
Não sei dizer se essa
nostalgia teve relação com a linda cerimônia de casamento que testemunhei
ontem. Mas, é fato que eu sempre fico muito emotiva nessas ocasiões, e mais ainda
quando o enlace é de pessoas que me são especiais e que contagiam pela verdade
dos sentimentos que exalam.
Acho que essa "sensibilidade toda" tem
nenhuma ou pouca relação com o significado religioso ou civil da cerimônia,
afinal nunca fui muito aficionada por essa idéia de casamento, como um evento em si, algo que satisfaça a
sociedade, o círculo em que se vive. E
que fique claro que não estou fazendo apologia à eventual decadência do
casamento, enquanto instituição. A bem da verdade pouco me importa em que
termos, condições, rituais ou a ausência
desses se dará a união. O que importa é que se dê, que seja!
O que me encanta e me
emociona profundamente é a grandeza do encontro dessas duas almas, é o amor selado
numa união de corpo, mente e espírito.
Não são duas pessoas que se
tornam uma, mas duas pessoas que, apesar das diferenças e das adversidades,
resolvem trilhar o mesmo caminho... Sintonia,
afinidade, senso comum, flores e espinhos traduzem-se em família, filhos (quase sempre), sonhos individuais, objetivos comuns, sonhos que sonha junto, histórias, lembranças...
traduzem-se em vida que se cria, se
transforma, se vive! E para isso, não é necessário papel ou a sociedade para
testemunhar, basta simplesmente que duas pessoas se amem verdadeiramente a
ponto de trilhar o caminho com a eternidade a lhes testemunhar.
Aí também a razão da
nostalgia, essa manifestação de amor remete aos momentos de amor partilhado com
minha família, com meus amigos, com meus amores... o mesmo amor que, em algum
momento teve inicio com duas almas que se reconheceram e se permitiram viver.
Sim, pois, com algumas exceções, quase todos nós somos frutos de um encontro
assim... doce, singelo, mágico amor!
"Deixa-me errar, mas não soltes
para que eu não me perca
deste tênue fio de alegria
dos sustos do amor que se repetem
enquanto houver entre nós essa magia." (Lya Luft)
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